O aumento dos casos de dengue no município de São Paulo tem relação direta com a propagação de seu vetor, oAedes aegypt. Hoje sabemos que além dos quatro tipos de dengue, ele pode transmitir outras doenças como o chikungunya e zika.
A idéia de que São Paulo estaria imune à este tipo de surto é totalmente irresponsável, entretanto parece ter sido o norte para as irrisórias politicas públicas de combate ao vetor.
A dengue tem um ciclo de infecção que conta com algumas variações devido as condições climáticas, imunidade da população ao tipo de vírus circulante e politicas de saúde de enfrentamento ao mosquito.
Nos últimos anos percebemos uma explosão de casos confirmados da doença, saltando para um patamar digno de calamidade pública, muito fora do habitual.
De 2013 para 2014 o número de infectados na cidade de São Paulo aumentou 10 vezes e em 2015 esse número cresceu quase 4 vezes em relação ao ano anterior. Isso representou no ano de 2013 números absolutos de 2617 casos no município para o valor de 100.456 casos de dengue no ano de 2015.
Enquanto antes havia relativa estabilidade no número de casos com variações esperadas para o período, o que se vê hoje é um aumento descontrolado de pessoas que contraíram a doença, com tendência de aumento exponencial.
O Aedes é um mosquito que tem hábitos diurnos e raramente ultrapassa 100 metros de seu criadouro, ou seja, estamos lidando com um inimigo que nasceu debaixo de nosso nariz, na nossa zona de conforto, ao lado de nossas casas.
O mosquito chegou sem bater na porta, e é imprescindível estar atento aos locais onde ele pode se reproduzir. Faça sua parte como cidadão e cobre atitude das autoridades em relação à sua região.
Veja no gráfico abaixo o número de casos de dengue em São Paulo nos últimos 5 anos e também relembre o nosso artigo de abril de 2015 sobre a necessidade do combate ao Aedes:http://paulolazaro.com.br/dengue-em-sao-paulo-o-que-voce-precisa-saber-e-fazer/ .